4.3.08

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO
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A ASSOCIAÇÃO DE MICROCRÉDITO POPULAR E SOLIDÁRIO (ACREDISOL – RS), por seu presidente, Sr. Romeu Biazus, convoca todos/as os/as associados/as, para participarem da ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA a ser realizada no dia 15 (quinze) de março de 2008, com início às 13 horas e 30 minutos, no Centro Diocesano de Formação Pastoral, na Rua Emilio Ataliba Finger, n.º 685, Bairro Colina Sorriso, Caxias do Sul, RS, para deliberarem sobre a seguinte pauta:

01. Discussão e aprovação do Regimento Interno;
02. Discussão e aprovação do Regulamento de Crédito;
03. Discussão e aprovação do Cadastro e Formulário do Projeto Social;
04. Discussão e aprovação do Cadastro e Financeiro dos Associados;
05. Divulgação de Cartas de Apresentação da ACREDISOL;
06. Discussão sobre a programação anual; e
06. Assuntos gerais.

Caxias do Sul, 04 de março de 2008.

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Romeu Biazus
Presidente da ACREDISOL – RS

Muhammad Yunus

Muhammad Yunus, em bengali: মুহাম্মদ ইউনুস Muhammod Iunus, (Chittagong, 28 de junho de 1940) é um economista e banqueiro de Bangladesh.

Em 2006 foi laureado com o Prémio Nobel da Paz. É autor do livro Banker to the poor (em Portugal, O banqueiro dos pobres). Pretende acabar com a pobreza através do banco que fundou, do qual é presidente e o governo de Bangladesh é o principal acionista, o Grameen Bank, que oferece ativamente microcrédito para milhões de famílias. Yunus afirma que é impossível ter paz com pobreza.

Muhammad Yunus formou-se em Economia em Bangladesh, doutorou-se nos EUA e foi professor na Universidade de Dhaka. Em 1976, constatou as dificuldades de pessoas carenciadas em obterem empréstimos na aldeia de Jobra, em um Bangladesh empobrecido e recém-separado do Paquistão. Por não poderem dar garantias, os bancos recusavam-lhes as pequenas quantias que permitiriam comprar materiais para trabalhar e vender, e os usurários taxavam os empréstimos com juros altos.

Muhammad Yunus criou então o Banco Grameen, que empresta sem garantias nem papéis, sendo, sobretudo, procurado por mulheres: elas são 97% dos 6,6 milhões de beneficiários. A taxa de recuperação é de 98,85%.

Criador do conceito de microcrédito
A palavra "microcrédito" não existia até a década de 1970. Yunus cunhou-o para designar um tipo muito específico de crédito, que ele concebera, e cujo objeto principal não são os pequenos produtores, mas sim as populações pobres, que não têm, absolutamente, acesso a qualquer outro tipo de crédito.
Yunnus concebeu, e conseguiu implantar, a mais conhecida e bem-sucedida experiência de microcrédito do mundo. Yunus a iniciou em 1976, concedendo empréstimos de pequena monta, com seus próprios recursos, para famílias muito pobres de produtores rurais, focalizando principalmente nas mulheres. Os bons resultados obtidos nessa primeira fase do projeto o levaram a expandir suas operações com recursos de terceiros.
Ver artigo principal: Grameen Bank

A idéia inicial
Morando em Bangladesh - um pequeno país no subcontinente Indiano, com 130 milhões de habitantes, uma renda per capita de cerca de US$ 300 e com 62% da população analfabeta - para onde retornou após ter estudado Economia nos Estados Unidos, como bolsista do programa Fulbright - o Professor Yunus lecionava Teoria Econômica na Universidade Chittagong, enquanto tentava descobrir como poderia utilizar tanta "teoria" para resolver o simples problema das pessoas que morriam famintas a seu redor.
Yunus atribui a origem de sua visão a um encontro fortuito, em Jobra, com Sufia Begum, uma jovem de 21 anos que lutava desesperadamente para sobreviver. Para poder trabalhar Sufia tinha tomado emprestado cerca de 25 centavos de dólar americano a um agiota de seu bairro, que lhe cobrava juros de 10% ao dia. Com esse dinheiro, Sufia comprava bambu para fazer tamboretes. De acordo com o "contrato de empréstimo", Sufia era obrigada a vender seus tamboretes exclusivamente ao agiota que lhe financiara e que pagava um valor muito abaixo do valor de mercado. Assim Sufia conseguia obter um "lucro" de cerca de 2 centavos de dólar. Para todos os efeitos a condição de trabalho de Sufia era equivalente à de escravo.
Yunus encontrou 42 mulheres em Jobra nas mesmas condições e resolveu, ele mesmo, emprestar-lhes seu próprio dinheiro a taxas bancárias normais. Inicialmente emprestou 27 dólares, aproximadamente 62 centavos por tomadora.
Surpreendentemente, Yunus recebeu de volta, com pontualidade, o capital e os juros de todos os empréstimos que fizera Isso lhe deu a idéia que talvez fosse possível expandir esse processo. [1]

O "Grameencredit"
Explica Muhammad Yunus:
O "Grameencredit" (crédito do Banco Grameen) baseia-se na premissa de que os pobres têm habilidades profissionais não utilizadas, ou subutilizadas. Definitivamente não é a falta de habilidades que torna pobres as pessoas pobres. O Grameen Bank acredita que a pobreza não é criada pelos pobres, ela é criada pelas instituições e políticas que o cercam. Para eliminar a pobreza, tudo o que temos de fazer é implementar as mudanças apropriadas nas instituições e políticas, e/ou criar novas instituições e políticas(...) o Grameen Bank criou uma metodologia e uma instituição para atender às necessidades financeiras dos pobres e criou condições razoáveis de acesso a crédito, capacitando os pobres a desenvolverem suas habilidades profissionais para obter uma renda maior a cada ciclo de empréstimos. [2]

Características gerais do microcrédito (no conceito de Yunus):
O "Grameencredit" [2]:
a) Promove o crédito como um dos direitos humanos;
b) Sua missão principal é auxiliar as famílias pobres a se ajudarem a superar a pobreza. É dirigido aos mais pobres, especialmente às mulheres pobres;
c) Uma das características mais destaca o "Grameencredit" é que não é baseado em qualquer garantia real, nem em contratos que tenham valor jurídico. É baseado exclusivamente na confiança, e não no Direito ou em algum outro sistema coercitivo.
d) É oferecido no intuito de gerar auto-empregos, fomentando atividades que criem rendas para os pobres, ou ainda para a construção de sua habitação, ao contrário dos empréstimos destinados ao consumo;
e) Foi criado para enfrentar os bancos tradicionais, que rejeitam os pobres - para eles considerados "indignos de crédito". Em conseqüência disso, o "Grameencredit" rejeita a metodologia bancária tradicional e criou sua metodologia própria;
f) Oferece seus serviços na porta da casa dos pobres, adotando o princípio de que as pessoas não devem ir ao banco mas sim o banco às pessoas;
g) Para obter um empréstimo um tomador tem que se reunir a um grupo de tomadores, que ficam moralmente responsáveis por seu pagamento;
h) Os empréstimos podem ser obtidos numa seqüência sem fim. Novos empréstimos tornam-se disponíveis se os anteriores estiverem sendo pagos;
i) Todos os empréstimos devem ser pagos em pequenas prestações, semanais ou bi-semanais;
j) Mais de um empréstimo pode ser concedido, simultaneamente, ao mesmo tomador;
k) Os empréstimos são sempre vinculados a planos de poupança para os tomadores, obrigatórios e voluntários, ;
l) Geralmente esses empréstimos são concedidos por instituições sem fins lucrativos, ou por instituições cuja propriedade é controlada, majoritariamente, pelos próprios tomadores. O "Grameencredit" procura operar a uma taxa de juros o mais próximo possível dos juros do mercado local, cobrando a taxa básica (no Brasil seria a taxa SELIC), não a taxa cobrada pelos emprestadores tradicionais. As operações do "Grameencredit" devem ser auto-sustentáveis.
m) A prioridade do "Grameencredit" é construir o "capital social". Isso é obtido pela criação de grupos e centros, destinados a desenvolver lideranças. O "Grameencredit" dá uma ênfase toda especial à "formação do capital humano" e à proteção do meio-ambiente.

Referências
MAINSAH, Evaristus, et al.Grameen Bank: Taking Capitalism to the Poor. New York: Chazen Web Journal Of International Business; Spring 2004. Columbia Business School , Columbia University.© 2004 by The Trustees of Columbia University in the City of New York. All rights reserved.
2,0 2,1 YUNUS, Muhammad. What is microcredit. Grameen: Banking for the Poor, 2003.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Fundação da ACREDISOL / RS

No dia 8 de dezembro de 2007 foi fundada a Associação de Microcrédito Popular e Solidário (ACREDISOL / RS), por alunos e ex-alunos da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho, da Diocese de Caxias do Sul, inspirados na prática transformadora de Muhammad Yunnus (Prêmio Nobel da Paz 2006) na Índia.

A Assembléia de Fundação da ACREDISOL / RS foi realizada em Caxias do Sul, no Centro de Formação Pastoral, durante a décima etapa da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho de 2007. Também foi aprovado o Estatuto Social e eleita a primeira Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da ACREDISOL / RS.

Conforme Muhammad Yunnus “O Microcrédito pode não ser uma solução, mas é uma força de mudança, não só econômica e pessoal, mas também social e política”. Além disso, ele afirma que “Não devemos assistir os pobres, assim os destruímos. Todos os seres humanos querem criar.”. Assim, “quando um indivíduo consegue reverter sua situação financeira, tudo se transforma, e então se produz uma mudança radical na sua vida”.

Dessa forma, a ACREDISOL / RS tem por objetivo promover o desenvolvimento socioeconômico de pequenos empreendimentos formais ou informais dirigidos por pessoas de baixa renda, possibilitando seu acesso ao microcrédito orientado como instrumento de combate à pobreza, viabilizando iniciativas de geração de trabalho e renda.

“Não devemos imputar ao microcrédito a responsabilidade única de reduzir a pobreza, mas não podemos desprezar sua capacidade de iluminar os caminhos para tal”. (Marcos Braz)


Associação de Microcrédito Popular e Solidário

ACREDISOL / RS

Diretoria:
Presidente: ROMEU ANTONIO BIAZUS, Vice-Presidente: MOSAR MATEUS BRUSAMARELLO; Primeira Secretária: MARIA FERNANDA MILICICH SEIBEL; Segundo Secretário: FÁBIO GUSTAVO RAMBO; Primeiro Tesoureiro: NILSO BEVILÁQUA; Segundo Tesoureiro: OSMAR MANTOVANI

Conselho Fiscal Titular:
Primeiro: VALDEMAR PAGNONCELLI; Segundo: ALDOIR ROBERTO BETTINELLI; Terceiro: CLAIMAR MUGNOL
Conselho Fiscal Suplente:
Primeiro: GILMAR ALFONSO KINZEL; Segunda: REGINA MARIZA BENINCÁ DE FARIAS

Assessor jurídico: EZEQUIEL MILICICH SEIBEL;
Assessor contábil: MARCOS PIRES