Durante o período da tarde no Seminário "Práticas associativas no Desenvolvimento Social", três representantes do Governo do Estado apresentaram as diretrizes e políticas governamentais nos três eixos que perpassaram o encontro: economia solidária, cooperativismo e redes de cooperação.
A primeira a falar, Nelça Nespolo, da Secretaria de Economia Solidária e Apoio a Micro e Pequena Empresa, destacou que o Governo gaúcho trabalha com diversas ações para fomentar e promover a economia solidária no Estado. Entre elas, está a criação de um selo e a certificação de empreendimento de economia solidária, revisão tarifária, assistência técnica, regularização por meio de lei estadual, para a economia solidária.
Nelça também anunciou o apoio a cinco cadeias produtivas ligadas a essa forma de economia. A primeira delas seria das garrafas Pet, que atinge 2,5 mil trabalhadores no Estado, ligados a associações e cooperativas de catadores. “Isso significa trabalhar as quatro etapas do reaproveitamento do Pet, que hoje se restringe a coleta e prensa do material (1ª etapa). Pensamos em ampliar a cadeia para criar o Flake (plástico picotado – 2ª etapa), que depois vai se tornar fibra sintética (3ª etapa) para a confecção de tecido (4ª etapa)”, explicou ela.
Depois, foi a vez de Gervásio Plucinski, representante da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, apresentar as políticas governamentais. Segundo ele, o Estado pretende dar condições de viabilidade econômica para as cooperativas, através de linhas de crédito, Fundopem específico, programa de incentivo fiscal nos moldes do Simples, além da criação de um fundo para avalizar financiamentos.
Ele também ressaltou o apoio a qualificação na gestão das cooperativas e o monitoramento para que elas não “morram” por problemas de administração. “A relação que a secretaria quer construir com as cooperativas é de parceria”, reforçou Gervásio.
Por fim, o representante da Secretaria Estadual do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, José Carlos Ferreira Gomes, apresentou o plano de governo para readequação do programa de Redes de Cooperação, criado há 11 anos e que deve voltar a funcionar dentro de um mês. Conforme ele, o programa oferece metodologia específica para a formação das redes; assessoria durante todo o processo; capacitação gerencial; e planejamento em conjunto.
Gomes destacou que entre as vantagens das Redes de Cooperação, estão negociações mais vantajosas, facilidade de crédito e redução de custos e riscos. “Benefícios que os grandes têm, os pequenos podem ter também. O problema não é ser pequeno, mas sim ser sozinho”, sentenciou.
Educação diferenciada
Após a manifestação dos representantes do Governo do Estado, aproximadamente dez pessoas fizeram considerações sobre o Seminário. O destaque foi para a “educação”. Segundo os participantes, educar os integrantes das atividades associativas – e a sociedade em geral – é fundamental para que as associações e cooperativas ganhem visibilidade e força.
No entanto, a professora Dora Seibel (participante do seminário) destacou que esta educação precisa servir para a consciência ambiental e para o trabalho coletivo. “É preciso que seja uma educação pelo social, pela cooperação. Ela precisa ser uma educação transformadora, diferente da convencional com a qual estamos acostumados”.
Ao final do encontro, o grupo firmou o compromisso de buscar, junto ao Governo do Estado, oportunidades para oferecer cursos de capacitação para agentes que trabalham com os cooperativados. A ideia é que sejam feitos cinco cursos, no período de um ano.
Além disso, será formada uma equipe que discutirá os desafios que se colocam para os trabalhos e grupos associativos. Este grupo deverá, também, buscar formas de melhorar a relação entre as associações e cooperativas já existentes.
O Seminário “Práticas associativas no desenvolvimento social” foi promovido pela Acredisol, com apoio da Cáritas de Caxias do Sul, Sesc/RS, Centro de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos (CEPDH) e Escola de Formação Fé, Política e Trabalho. Uma nova edição do evento deverá ser realizada em 2012.
Textos: Jeferson Ageitos e Lucas Guarnieri / Edição: Lucas Guarnieri
Nelça também anunciou o apoio a cinco cadeias produtivas ligadas a essa forma de economia. A primeira delas seria das garrafas Pet, que atinge 2,5 mil trabalhadores no Estado, ligados a associações e cooperativas de catadores. “Isso significa trabalhar as quatro etapas do reaproveitamento do Pet, que hoje se restringe a coleta e prensa do material (1ª etapa). Pensamos em ampliar a cadeia para criar o Flake (plástico picotado – 2ª etapa), que depois vai se tornar fibra sintética (3ª etapa) para a confecção de tecido (4ª etapa)”, explicou ela.
Depois, foi a vez de Gervásio Plucinski, representante da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, apresentar as políticas governamentais. Segundo ele, o Estado pretende dar condições de viabilidade econômica para as cooperativas, através de linhas de crédito, Fundopem específico, programa de incentivo fiscal nos moldes do Simples, além da criação de um fundo para avalizar financiamentos.
Ele também ressaltou o apoio a qualificação na gestão das cooperativas e o monitoramento para que elas não “morram” por problemas de administração. “A relação que a secretaria quer construir com as cooperativas é de parceria”, reforçou Gervásio.
Por fim, o representante da Secretaria Estadual do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, José Carlos Ferreira Gomes, apresentou o plano de governo para readequação do programa de Redes de Cooperação, criado há 11 anos e que deve voltar a funcionar dentro de um mês. Conforme ele, o programa oferece metodologia específica para a formação das redes; assessoria durante todo o processo; capacitação gerencial; e planejamento em conjunto.
Gomes destacou que entre as vantagens das Redes de Cooperação, estão negociações mais vantajosas, facilidade de crédito e redução de custos e riscos. “Benefícios que os grandes têm, os pequenos podem ter também. O problema não é ser pequeno, mas sim ser sozinho”, sentenciou.
Educação diferenciada
Após a manifestação dos representantes do Governo do Estado, aproximadamente dez pessoas fizeram considerações sobre o Seminário. O destaque foi para a “educação”. Segundo os participantes, educar os integrantes das atividades associativas – e a sociedade em geral – é fundamental para que as associações e cooperativas ganhem visibilidade e força.
No entanto, a professora Dora Seibel (participante do seminário) destacou que esta educação precisa servir para a consciência ambiental e para o trabalho coletivo. “É preciso que seja uma educação pelo social, pela cooperação. Ela precisa ser uma educação transformadora, diferente da convencional com a qual estamos acostumados”.
Ao final do encontro, o grupo firmou o compromisso de buscar, junto ao Governo do Estado, oportunidades para oferecer cursos de capacitação para agentes que trabalham com os cooperativados. A ideia é que sejam feitos cinco cursos, no período de um ano.
Além disso, será formada uma equipe que discutirá os desafios que se colocam para os trabalhos e grupos associativos. Este grupo deverá, também, buscar formas de melhorar a relação entre as associações e cooperativas já existentes.
O Seminário “Práticas associativas no desenvolvimento social” foi promovido pela Acredisol, com apoio da Cáritas de Caxias do Sul, Sesc/RS, Centro de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos (CEPDH) e Escola de Formação Fé, Política e Trabalho. Uma nova edição do evento deverá ser realizada em 2012.
Textos: Jeferson Ageitos e Lucas Guarnieri / Edição: Lucas Guarnieri
Fotos: Ezequiel Milicich Seibel